Taxa de desocupação cai para 6,9% em junho
01/08/2024
Economia
Taxa de desocupação cai para 6,9% em junho

Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do IBGE, a taxa média de desocupação no Brasil foi de 6,9% no trimestre encerrado em junho de 2024. Esta é a menor taxa registrada para um mês de junho desde o trimestre encerrado em junnho de 2014. No mesmo período de 2023, a taxa foi de 8,0%, enquanto, no trimestre imediatamente anterior, encerrado em março de 2024, a taxa foi de 7,9%.


Houve um aumento no número de pessoas ocupadas e uma redução no número de pessoas desocupadas. O contingente de desocupados totalizou 7,5 milhões de indivíduos, representando uma variação de -12,5% em relação ao trimestre encerrado em março de 2024 e de -12,8% em relação ao trimestre encerrado em junho de 2023. Este é o menor número de desocupados desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015. A população ocupada foi estimada em 101,8 milhões de trabalhadores, com uma variação de 1,6% em relação ao trimestre encerrado em março de 2024 e de 3,0% na comparação com o trimestre encerrado em junho de 2023. Houve incremento tanto nas ocupações formais quanto nas informais.


A taxa de participação na força de trabalho foi de 62,1%, levemente superior à registrada no mesmo trimestre do ano anterior (61,6%) e ao trimestre encerrado em março de 2024 (61,6%). Todavia, a taxa de participação ainda está significativamente menor em comparação ao período pré-pandemia (63,4%). Se essa taxa de participação fosse mantida, a taxa de desocupação seria de 8,7%, superior aos 6,9% registrados atualmente.


O rendimento real médio das pessoas ocupadas foi de R$ 3.214 no trimestre encerrado em junho de 2024, registrando um aumento de 1,8% em relação ao trimestre encerrado em março de 2024 e uma elevação de 5,8% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Com o aumento do rendimento médio e do total de ocupados em relação ao trimestre encerrado em junho de 2023, a massa de rendimento real atingiu novo recorde na série histórica, com um crescimento de 9,2% em comparação com o mesmo período do ano passado e de 3,5% em relação ao trimestre imediatamente anterior.


Os dados da Pnad contínua deste mês seguem mostrando um mercado de trabalho aquecido, evidenciado por uma taxa de desocupação em queda e um aumento no número de ocupados. Se por um lado, esses resultados indicam condições que têm dado suporte ao consumo das famílias, o que é um sinal positivo para a economia, por outro lado, esse cenário também levanta preocupações em relação à inflação de serviços. A pressão adicional de um mercado de trabalho aquecido sobre os preços pode dificultar o processo de desinflação em curso, contexto que já tem sido acompanhado com cautela na condução da política monetária. 


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