FGV-Ibre: Confiança do Comércio no Brasil tem nova queda em junho
27/06/2024
Economia
Recuo é menos intenso que em maio, mas impacto das enchentes no RS persiste.

O Índice de Confiança do Comércio (ICOM), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), registrou variação de -1,3% em jun/24, depois de ter registrado queda de 4,2% em mai/24. Com isso, o índice atingiu os 90,3 pontos na série com ajuste. Na relação com o mesmo período de 2023, o ICOM registrou variação de 0,7% na série sem ajuste sazonal, alcançando 89,9 pontos em jun/24.

Na comparação marginal, o ICOM refletiu as quedas de seus dois componentes: -1,7% no Índice de Expectativas (IE-COM), que registrou 91,4 pontos, e -1,0% no Índice de Situação Atual (ISA-COM), indo para 89,7 pontos. No mês anterior, as variações haviam sido, respectivamente de 0,1% e -8,0%. Em relação a jun/23, o IE-COM teve alta de 1,5% e atingiu os 90,8 pontos, enquanto no ISA-COM registrou variação de -0,3%, com o índice chegando a 91,2 pontos na comparação interanual.

A queda marginal do IE-COM veio depois de três meses sem recuo (dois de alta e um de estabilidade), refletindo as quedas em seus dois indicadores: perspectivas de vendas para os próximos três meses e tendência para os negócios nos próximos seis meses. No ISA-COM, também seus dois indicadores recuaram, tanto o volume de demanda atual – que se encontra no menor nível desde jan/24 – quanto as avaliações atuais sobre o negócio.

O resultado de junho foi o segundo recuo consecutivo da Confiança do Comércio. Nesse mês, no entanto, a revisão em seus dois componentes foi mais equilibrada, diferente do mês anterior em que a situação atual teve brusca contração associada à catástrofe no RS. Em junho, embora com efeito sobre a confiança da tragédia consideravelmente menos intenso que no mês anterior, os fatores climáticos seguiram apontados como maiores limitadores à situação atual. Já a queda das expectativas reforça a incerteza em relação à recuperação do setor, que segue enfrentando dificuldades relacionadas aos níveis altos de endividamento e também em função das taxas de juros ainda limitadoras de uma expansão mais forte do crédito.

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