Mercado de Trabalho continua mostrando robustez
28/06/2024
Economia
A taxa de desocupação média brasileira foi de 7,1% no trimestre encerrado em mai/24.

Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do IBGE, a taxa de desocupação média brasileira foi de 7,1% no trimestre encerrado em mai/24. A taxa é a menor para um mês de maio desde o trimestre encerrado em mai/14. No mesmo trimestre de 2023, a taxa era de 8,3%. Em relação ao trimestre anterior (encerrado em fev/23), quando a taxa foi de 7,8%, também houve queda da taxa de desocupação, motivada pelo aumento de pessoas ocupadas na força de trabalho e redução do número de pessoas desocupadas. O contingente de desocupados totalizou 7,8 milhões de indivíduos – o que representou uma variação de -8,8% em relação ao trimestre encerrado em fev/24 e uma redução de 13,0% em relação ao trimestre encerrado em mai/23. Este é a menor população desocupada desde o trimestre encerrado em fev/15. A população ocupada, por sua vez, foi estimada em 101,3 milhões de trabalhadores, ocasionando uma variação de 1,1% em relação ao trimestre encerrado em fev/24. Na comparação com o trimestre encerrado em mai/24, houve aumento de 3,0%. Houve incremento tanto nas ocupações formais quanto nas informais, mas tanto em termos absolutos como relativos o maior acréscimo, na comparação com o trimestre imediatamente anterior, foi das ocupações informais. Entretanto, em relação ao mesmo período do ano anterior, em termos absolutos o aumento de ocupações formais foi significativamente maior.

A taxa de participação permaneceu em 62,0%. Com isso, a taxa de participação se mostrou levemente superior à verificada no mesmo trimestre do ano anterior, e ficou estável em relação a fev/24. Todavia, na comparação ao pré-pandemia, a taxa de participação se apresenta significativamente menor (63,4%). Considerando a taxa de participação de 63,4%, a taxa de desocupação seria de 9,2%, maior do que os 7,1% registrado atualmente.

O rendimento real médio das pessoas ocupadas foi de R$ 3.181 no trimestre encerrado em mai/24, ficando estável estatisticamente (+1,0%) em relação ao trimestre encerrado em fev/24 e registrando elevação de 5,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Com aumento do rendimento médio e do total de ocupados ante o trimestre encerrado em mai/23, a massa de rendimento real atingiu novo recorde da série e teve aumento de 9,0%. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, a elevação foi de 2,2%.

O mercado de trabalho segue surpreendendo, testando taxas cada vez mais baixas. Com isso, cresce a preocupação sobre os efeitos de um mercado de trabalho mais apertado sobre a inflação. Se por um lado, uma alta taxa de ocupação na economia possibilita mais pessoas participando mais ativamente do mercado consumidor, com impacto redutor sobre a taxa de inadimplência, por outro há pressão sobre salários com custos repassados para os preços.

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