Em janeiro de 2025, conforme a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do IBGE, o volume de vendas do setor de serviços no Brasil teve queda de -0,2% na série com ajuste sazonal. O resultado de dezembro de 2024 foi revisado de -0,5% para 0,0%. No mês foram três as quedas na margem: -2,4% em serviços prestados às famílias, -1,8% em transportes e serviços auxiliares, e -0,5% em serviços profissionais, administrativos e complementares. Entre as altas, tanto os serviços de informação e comunicação quanto os classificados em outros serviços1 registraram variação de 2,3%. Com esse resultado o setor está 1,1% abaixo do pico da série histórica ocorrida em out/24 e 15,9% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020). Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve aumento de 1,6% — décima alta positiva consecutiva. Com o resultado de janeiro de 2025, o acumulado em 12 meses registrou aumento de 2,9%.
No caso do Rio Grande do Sul, houve aumento de 0,3% no volume de vendas do setor na comparação com o mês imediatamente anterior na série com ajuste sazonal, após duas quedas consecutivas na margem. Na comparação com abril de 2024, período que antecede à enchente de maio de 2024, o volume de serviços é 4,9% menor. Em relação à janeiro de 2024, houve queda de 8,2% no volume, com apenas serviços de informação e comunicação (12,5%) tendo crescido. Assim, o volume de serviços acumulado em 12 meses intensificou a queda e fechou 2024 com recuo de 8,0%. Entre os segmentos, foram três quedas e duas altas nesta base de comparação. Em Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio a queda foi de 20,4%. Os Serviços prestados às Famílias recuaram 6,3% e Serviços profissionais variou -1,4%. Por outro lado, os Serviços de informação e comunicação (5,7%) e Outros serviços (3,3%), registraram aumentos.
No recorte específico que avalia as atividades turísticas conjuntamente, agregadas no IATUR (Índice de Atividades Turísticas), o resultado de janeiro para o RS teve queda de 2,5% na margem, e recuo 6,1% em relação a janeiro de 2024. Em 12 meses, a queda é de 14,4%. No Brasil, o IATUR teve variação de -6,4% na margem e aumento de 3,5% em relação a janeiro de 2024.
Os resultados da PMS mostram resultados enfraquecidos no início do ano. Além dos transportes que refletiram, principalmente, a redução do transporte dutoviário, por onde são transportados os óleos brutos de petróleo, houve também redução dos transportes de passageiros, explicada principalmente pelo aumento das passagens aéreas e pela menor movimentação rodoviária nos munícios em virtude das férias. Houve também o terceiro mês consecutivo de queda do transporte de cargas. A inflação de alimentos pode ajudar a explicar o comportamento de redução dos Serviços prestados às Famílias. Além de impactar os preços de bares e restaurantes, a alta dos alimentos também impacta no orçamento das famílias, o que implica em reduzir o consumo de outros bens e serviços.
